Canoa Beach Run entre as melhores da temporada 2016



Passear em Canoa Quebrada é bom demais- o que não é novidade alguma. Mas que tal passear e ainda disputar uma prova que passa por um dos cartões postais mais bonitos do mundo. Assim foi a segunda edição do Canoa Beach Run, a corrida mais diferente e atrativa da temporada 2016 do calendário cearense. E que veio para ficar.
O evento reuniu mais de 500 pessoas durante o fim de semana – 18 e 19 de novembro. Se você perdeu, anote na agenda e garanta a presença em 2017. A experiência é única. E o melhor para todo corredor: desafiadora.
A largada não poderia ser melhor. Na beira da praia, com o sol fraquinho do fim de tarde e aquela brisa gostosa. Dá vontade mesmo é puxar uma mesa e a cadeirinha, sentar e beber - aqueles que gostam - uma cervejinha bem gelada. Mas, logo os banners espalhados no local lembram que estamos em uma beach run. Então, nada de beer, por enquanto. É só run!
Nos primeiros metros já dá para sentir que a coisa não será fácil. Vencer a areia fofa da beira da praia exige esforço redobrado. Era pisar e o pé afundar. Foram três km ziguezagueando em busca de trechos mais duros e desviando dos copinhos plásticos jogados por alguns corredores sem noção do que é meio ambiente.
Parei de reclamar do sofrimento quando vi um cadeirante disputando a prova. Acredite, um cadeirante em uma prova na areia. Que força de vontade! Que corrida era esta!



Espanto e estímulo
Saindo da beira da praia - e da areia fofa - entramos na cidade. O piso agora passou a ser o cascalho, os paralelepípedos e a piçarra. No caminho, as pessoas se entreolhavam, faziam cara de pouco entender o que era aquele povo correndo. Outros batiam palmas, alguns soltavam aquelas velhas piadinhas que todo corredor já ouviu. Tipo: tá com pressa, onde vai, doido?

Enquanto a badalada Rua Broadway ainda  começava a se preparar para a noite, os corredores invadiram o calçadão. Uns mais rápidos, outros já cansados da batalha com a areia quilômetros atrás.
Para quem teve mais juízo, a visão do alto das falésias era o sinal de que os cinco km previstos estavam pertos de serem vencidos. Era só descer para o abraço. Para quem ousou os 10km, ainda havia surpresas pelo caminho.
Uma delas veio no km 6. A partir dali entramos na antiga Vila dos Pescadores. E com ela areia, areia e areia. Carro, só aqueles com tração nas quatro rodas. O bom neste trecho foi a participação popular. Na frente das casas, a população aplaudia e incentivava. Era o energético que todos precisavam.
Desafio vencido
Percorremos as falésias até onde elas acabavam, longe dos olhos do turistas. A carcaça de uma canoa foi o ponto do retorno. E lá estávamos nós, de volta à beira da praia. E com ela mais areia. Agora com um cenário mais movimentado. Tinha o visual dos parapentes, das barracas e das três estrelas com lua esculpidas nas falésias - sempre pensei que era uma. Prazer!
Depois de 1h e 17 minutos, finalmente avisto a linha de chegada. Hora do sprint. Desafio vencido. Agora era saborear a cerveja oferecida no kit de inscrição e curtir a festa com show ao vivo e animação em um incrível alto astral.
Energia que promete se repetir com as provas do Circuito Brasil Beach 2017. A próxima corrida será em Jericoacoara, dias 17 a 19 de março. Depois vem a Praia de Pipa, em maio, Mundaú e novamente em Canoa, garantiu Ricardo Ramalho da RR Soluções, promotor do evento. Na página @beachrunbrasil você acompanha as imagens do que foi esse “desafio” chamado Canoa Beach Run.

Fotos: Tavares Junior/Divulgação

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