No sobe e desce do Cumbuco


por Paulo Rogério
Jornalista e corredor

A temporada 2017 de corridas de rua começou, literalmente, com muitos altos e baixos. Quem abusou um pouco nas festas de fim de ano e foi encarar a Run for Music, disputada no último sábado (21), no Cumbuco, sofreu para terminar a prova. Contei até a sexta subida - e consequentemente a sexta descida. Tinham outras, mas a bela paisagem do local serviu para distrair e esquecer o cansaço. Mesmo para quem já conhecia o percurso, a prova de abertura do calendário veio para ficar e conseguiu misturar ingredientes importantes: desafio, contato com a natureza e um tremendo alto astral.

A largada reuniu os pouco mais de 300 corredores próximo ao portão de entrada do Café de La Musique perto do final de tarde. O Sol já estava meio fraquinho e o vento exibia toda sua força. Ótimo clima para se correr. Logo no primeiro quilômetro o batalhão daqueles que lutariam pelo pódio se distanciou dos demais. Duas grandes subidas logo no ínicio fizeram a diferença na pista com piso de bloquetes. Até chegar o asfalto, com menos de 1 km já havia gente andando. 


Uma certa confusão com os carros que voltavam do Cauípe e proximidades causou certo receio nos corredores até a descida de quase 300 metros até as Águas Cristalinas. No retorno, o que era descida virou subida e separou ainda mais o grupo. Dai em diante o caminho foi longo, passando por duas rotatórias e muitas subidas. Como a maioria dos participantes optou pelos 5,5 km, quem seguiu para os 11 km terminou ficando meio só o restante da prova. Entre aqueles que terminaram a corrida, apenas 99 disputaram os 11 k, sendo 20 mulheres.

Terminada a diversão de correr, os participantes tiveram ainda mais adrenalina. A festa de premiação contou com Dj´s o restante do sábado e piscina liberada para relaxar. Para aqueles que ainda tinham pernas, depois de tantas subidas e descidas, a música eletrônica ditou o ritmo da volta das corridas oficiais. 

Apesar de algumas falhas, como a falta de água gelada nos postos de hidratação, a ausência de sinalização da quilometragem e kit pós prova a desejar, a Run for Music conseguiu chegar com destaque no disputado calendário cearense. A fórmula está pronta. É só saber dosar direitinho.

Fotos: Ale Machado/Truke Midia

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